top of page

construção

de lar 

masculino

em Itoculo

O José Sebastião é natural de Nayopa, regulado Namicópwe, bem no interior do posto administrativo de Itoculo. Depois dos estudos primários manifestou interesse em continuar a sua formação, e para isso teria que mudar-se para a vila de Itoculo onde se encontra a escola secundária. Mas não tendo ali família que o acolhesse, as perspectivas de continuar não eram muito animadoras.

 

Para casos como este, a Missão adquiriu em Itoculo, há já alguns anos, uma residência construida em material precário: paredes em tijolo cru e telhado de capim. As condições não são as melhores. Apenas o indispensável para sobreviver. Mas não o ideal para os jovens poderem concentrar-se na leitura, na preparação das aulas, sem se preocuparem com a chuva a cair-lhes em cima ou com o desconforto de fazerem os trabalhos de casa sentados num chão de terra fria.

 

Foi esta situação que levou os missionários espiritanos, que trabalham em Itoculo, a projectar a construção de uma residência para estudantes. As irmãs já tinham um lar reservado a meninas, com o objectivo de contribuir para a promoção da mulher e fazer face à descriminação a que estão sujeitas. Era chegado o momento de proporcionar condições semelhantes aos rapazes, que também se vêm privados de uma formação completa devido às enormes distâncias das suas aldeias para a escola.

 

A construção deste lar está praticamente a chegar à fase dos acabamentos. E para levar a bom termo este projecto, a missão contou com a preciosa colaboração do jovem leigo missionário Miguel Campos, natural de Portugal. É este jovem licenciado em contabilidade que gere a obra, trata de toda a logística, prevê o fornecimentos de materiais, etc. Transcrevemos aqui uma entrevista que o Miguel concedeu:

 

  • Como surgiu a ideia de trabalhar na missão como leigo voluntário?

 

“Todos os anos costumava tirar um tempo para poder estar ao serviço do outro, ao serviço de Deus... em 2011 decidi fazer uma experiência de voluntariado durante um mês em angola. Devido às experiências e ao trabalho aí realizado, o desejo e a vontade de fazer algo mais ficou-me no pensamento, até que em 2014 surgiu a proposta de vir para Itoculo, Moçambique, para acompanhar a construção e o início de um lar para estudantes nessa paróquia.”

 

  • Porquê África, porquê Moçambique?

 

Sim. É verdade que podemos fazer missão ao sair de casa, no "vizinho", pois não faltam instituições e associações onde nos podemos voluntariar... mas escolhi Moçambique (como poderia ter siso outro pais qualquer) porque sentia a necessidade de sair da minha "zona de conforto", daquilo a que estava habituado... queira pôr à prova as minhas capacidades de adaptação a um país diferente, a uma cultura diferente...

 

  • Até que ponto o teu trabalho é importante?

 

Se é importante para as pessoas, só elas o podem dizer... Mas o que eu sinto é que está a ser uma experiência extremamente gratificante para mim, sobretudo quando alguém me diz: "Miguel já estás a ficar macua", pelo simples facto de conseguir dizer uma pequena frase na sua lingua ou experimentar uma comida diferente. Ser chamado pelo nome faz-me sentir parte deste povo, desta família que tão bem sabe acolher.  Quando as pessoas nos tratam e nos reconhem desta maneira, mostram que somos importantes. Acho que posso dizer que todos aqueles que aqui trabalham e por aqui passaram foram e são importantes e de alguma forma vão deixando uma marca na vida deste povo fazendo o melhor que conseguem.

 

CALENDÁRIO

2016

HINO DO JUBILEU DIOCESANO

SIMPÓSIO JUBILAR

25 ANOS DA DIOCESE DE NACALA,

O PASSADO E O FUTURO

 

Formação de formadores, semana III, na Carapira

08

AGO

Encontro zonal da família, em Alua

09

AGO

Retiro diocesano, na Carapira

21

AGO

Peregrinação diocesana ao Santuário de Alua

10

SET

NÚMERO DE VISITAS

Congresso diocesano das mamãs, em Netia

17

AGO

12

SET

Encontro zonal de catequistas, em Mueria

bottom of page