Diocese de Nacala

 

Elementos específicos do brasão de D. Germano:

 

No topo do escudo, em dourado e sobre fundo azul, encontra-se a pomba, representação do Espírito Santo. Por baixo da pomba aparecem sete triângulos cor de laranja evocando a irradiação dos sete dons do mesmo Espírito. É este Espírito Santo que repousa sobre o servo-pastor que se prepara para conduzir o rebanho, anunciar a Boa Nova e dar a vida pelo seu povo. “O Espírito do Senhor está sobre mim” – “Spiritus Domini Super Me” (Luc. 4, 18).

Na parte inferior do escudo está representada a âncora símbolo da Fé e da Esperança. Simboliza igualmente a cidade portuária de Nacala, sede da diocese de D. Germano. Por trás da âncora encontramos o globo terrestre ou a baía circunscrita pelos montes (de cor marrom) típicos da mesma região de Nacala.

O escudo tem um formato algo inédito em Heráldica. Diferentemente dos escudos do mundo medieval europeu, o escudo do brasão de D. Germano (oval pontiagudo em ambas as extremidades) tem a forma típica dos escudos de pele usados pelos guerreiros dos povos do sul de África, de onde é originário o senhor bispo. Este carácter africano é igualmente sugerido pela cruz hastil (cruz processional), de cor negra, sugerindo o precioso ébano, e pela base da mesma em formato de zagaia. A zagaia aponta para o solo, onde a cruz se implanta com firmeza. Trata-se também de uma alusão à espada de dois gumes, Palavra de Deus, que é anunciada e penetra em profundidade na terra boa de todas as nações (e concretamente na boa machamba de Nacala, como escreveu o Papa João Paulo II, na bula de erecção desta diocese).

A cruz hastil tem ao centro o sol. Representa o Senhor Eucaristia, centro e luz da história dos homens, fonte de vida e sinal da ressurreição gloriosa que brota do sacrifício amoroso da cruz.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Elementos comuns a todos os brasões episcopais católicos:

 

O chapéu prelatício encabeça todos os brasões episcopais. Este foi adoptado pelo clero para distinguir dos brasões dos nobres que podiam ser encimados por elmos, indicadores da origem guerreira daquele ramo nobiliárquico. Para os religiosos, emissários de paz, adoptou-se este chapéu de peregrino. Para os bispos quer o chapéu quer o cordão, com suas borlas pendentes, são representados de cor verde. As borlas, ou fiocchi, são em número de doze (seis de cada lado do escudo), no caso dos bispos, e simbolizam a Igreja e a missão apostólica do bispo, como sucessor dos apóstolos, em comunhão hierárquica com o sucessor de Pedro e o colégio episcopal.