Diocese de Nacala

Caríssimos Párocos, Sacerdotes,

Irmãs e Irmãos Consagrados,

Leigos Missionários,

Famílias cristãs e Jovens.

 

 

A paz e a misericórdia de Deus estejam sempre convosco.

 

O novo ano pastoral (2016) ficará marcado pela celebração jubilosa dos 25 anos da nossa Diocese e pela vivência confiante da misericórdia divina e fraternal. O ritmo de um coração alegre e compassivo irá traçar a vida pastoral da nossa diocese e a caminhada pessoal de cada irmão e irmã em Cristo. Isso mesmo quisemos expressar no Plano Pastoral da Diocese que aqui apresento para todos os fiéis diocesanos.

 

Vindos das três zonas pastorais da nossa Diocese, cerca de 50 agentes pastorais se reuniram no passado mês de Novembro no Centro diocesano da Carapira para a realização do Conselho Diocesano de Pastoral. Juntos avaliamos, refletimos e planificamos aquilo que nos vai guiar na realização das nossas atividades pastorais. Estaremos também abertos para acolher e desenvolver as novidades que o Espírito Santo nunca cessa de nos ofertar.

 

A celebração do jubileu dos 25 anos da criação da Diocese é, de facto, um momento sublime para voltar a fazer a experiência da Igreja como festa e comunhão. Desta maneira, tomamos como lema jubilar a frase de São Paulo onde se diz que «sendo muitos, formamos um só corpo» (1Cor 12,20). Na verdade, somos muitos do litoral e do interior, do campo e da cidade, novos e velhos, homens e mulheres que formam um só corpo em Jesus Cristo, numa única fé e num só baptismo (Cf. Ef 4, 4-6). Assim, queremos agradecer a Deus o dom da nossa Diocese que nasceu e cresceu como uma família unida. Considerando ainda a recente edição do Diretório Diocesano de Pastoral, acabado de editar, fazemos votos que seja bem estudado e aplicado em toda a Diocese como verdadeiro instrumento de comunhão e interação eclesial.

 

Um dos sinais da festa jubilar que queremos celebrar é a alegria do perdão, onde cada um é capaz de perdoar e sentir-se perdoado. A «porta da misericórdia» será aberta em cada igreja paroquial da nossa diocese e pretende ser um sinal expressivo da reconciliação com Deus, consigo mesmo, com os outros e toda a Criação. Cada um procure reviver a comunhão com Deus, Pai de misericórdia e de bondade; reforce o seu bem-estar pessoal numa fé sólida e partilhada; reoriente a sua vida na união fraternal aproximando-se do irmão mais fraco; e esforce-se por viver em harmonia com toda a natureza sinal da grandeza e maravilha de Deus. Isto é, viva «os sinais da ternura que Deus oferece», como diz o Papa Francisco na Carta de proclamação do Jubileu extraordinário: O rosto da misericórdia.

 

Uma vez envolvidos pela misericórdia divina, sempre há-de despertar em nós o desafio de descobrir quem é o nosso próximo e dele nos abeirarmos para o socorrer, praticando aquelas que são as obras de misericórdia (corporais e espirituais). Assim quando nos perguntarem «o que fizeste do teu irmão?», de imediato brotará uma resposta afirmativa através das visitas que fizemos, dos espaços de acolhimento que abrimos, do diálogo que iniciamos, do conhecimento que partilhamos, da paz que construímos.

 

«Celebrar o Jubileu da Diocese no Ano da Misericórdia» é juntar duas notas harmoniosas numa mesma música. Na verdade, são duas realidades complementares que devem marcar a nossa vida e ação pastoral ao longo deste ano. Assim, desejamos que as Paróquias, as Comunidades ministeriais, os Movimentos laicais, as Famílias cristãs e cada cristão em particular, viva intensamente este ano da graça que Deus nos concede.

 

Aos pés de Nossa Senhora da Boa Viagem, Padroeira da nossa Diocese, desejo que todos celebrem o jubileu com alegria e o vivam intensamente com misericórdia.

 

 

Nacala, 8 de Dezembro de 2016, Festa da Imaculada Conceição e início do Ano da Misericórdia.

 

 

 

+D. Germano Grachane

 

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