primeiro
padre
macua
vicentino
Agostinho Neto Cipriano é o nome do jovem padre ordenado no passado dia 11 de Junho, por D. Germano, na quase paróquia de Santo Agostinho, diocese de Nacala. O novo padre pertence à Congregação da Missão (Missionários Vincentinos). Tornou-se assim no primeiro macua a ser ordenado padre na congregação dos vicentinos. É o décimo vicentino natural de Moçambique.
Durante a celebração de ordenação o senhor bispo fez questão de recordar que este é já o terceiro padre originário da quasi-paróquia de Santo Agostinho (o primeiro foi o padre Geraldo, Sacramentino; e o segundo o padre Lobato da comunidade de Santo Egídio). E, o que é mais curioso ainda, todos eles são provenientes da mesma comunidade: São José. Pelo facto de esta ser precisamente a comunidade onde se situa o paço episcopal, o senhor bispo atirou em jeito de brincadeira: “provavelmente é por o bispo residir ali que esta comunidade tem tantas vocações sacerdotais!”
Quase a terminar a celebração, o bispo revelou que já enviou ao Papa carta de entrega da diocese nas suas mãos. Disse que cumpriu esse dever com alegria e agradecido por todos os dons que foi recebendo ao longo do seu episcopado (26 anos) e no tempo em que exerceu o ministério na diocese de Nacala; recordou sobretudo as 26 ordenações que já realizou. A propósito deste facto referiu que a diocese de Nacala se assemelha àquele que sobe a uma magueira para abanar os ramos de modo que os frutos caiam e possam ser aproveitados pelas pessoas que ficaram no chão. Recordou com alegria o fruto abundante do seu ministério nesta diocese e reforçou o desejo de que todos possam usufruir dessa fecundidade.
Por coincidência também na mensagem da paróquia de santo Agostinho, alusiva à ordenação, se formulou o desejo de que o filho desta paróquia e recém ordenado Padre Agostinho Neto fosse como a videira fecunda cujo fruto será aproveitado pelas Igrejas de todo o mundo onde este novo missionário vicentino será enviado.
Dom Germano falou ainda da tensão político-militar que atravessa actualmente Moçambique: “A verdadeira paz no nosso país será fruto dos pequenos gestos de reconciliação e de tolerância que as pessoas, e de modo especial os pobres, realizarem no dia a dia. A paz não depende tanto das aparatosas conversações que se realizam na sala de conferências Joaquim Chissano. A paz depende sobretudo de nós, daquilo que nós fizermos ao nível da base.Temos que dizer bem alto que a guerra é uma mentira. Só a paz interessa ao povo”, referiu. Para concluir dirigiu-se às crianças do movimento da Infância e Adolescência Missionária, exclamando: “crianças de todo o mundo…” ao que todas as crianças responderam bem alto: “sempre amigas”.





